Em nota do Gabinete de Imprensa sobre «os dados hoje divulgados pelo INE a propósito da evolução do desemprego
em Portugal, no que se refere ao 3º Trimestre de 2007 – uma taxa de
desemprego de 8,1% no final de Setembro –, confirmam a análise e as
preocupações do PCP: o desemprego é hoje um problema estrutural da
sociedade portuguesa que tem sido agravado pela política do Governo PS.»
Novo aumento do desemprego. Problema estrutural do país
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP
Os dados hoje divulgados pelo INE a propósito da evolução do desemprego em Portugal, no que se refere ao 3º Trimestre de 2007 – uma taxa de desemprego de 8,1% no final de Setembro –, confirmam a análise e as preocupações do PCP: o desemprego é hoje um problema estrutural da sociedade portuguesa que tem sido agravado pela política do Governo PS.
Os números que foram tornados públicos revelam que:
• a taxa de desemprego em sentido restrito atingiu no final do 3º trimestre de 2007, os 7,9%, o que corresponde a 444 400 trabalhadores no desemprego. Este é o valor mais elevado registado no 3º trimestre desde 1998;
• para uma taxa de desemprego de 6,6% nos homens e 9,3% mulheres, entre os jovens este valor atinge 16%, o que corresponde ao dobro da média nacional;
• o número de desempregados subiu 0,9% em relação ao trimestre anterior (+3 900 trabalhadores no desemprego) e 6,8% em relação a igual período de 2006 (+27 000 trabalhadores no desemprego);
• do lado do emprego é de registar o aumento do seu nível de precariedade não só porque em termos homólogos diminuiu em 60 500 o número de trabalhadores com contrato sem termo, como aumentou em 28 100 o número de trabalhadores com contrato a termo.
O aumento do desemprego em Portugal e o seu carácter estrutural, bem como, a generalização do trabalho precário, são o resultado de uma política injusta, anti-social e anti-popular, que tem origem no desmantelamento do aparelho produtivo e na crescente financeirização da economia nacional, no desinvestimento público, no fraco crescimento económico que se tem registado.
Os dados agora apresentados sobre o terceiro trimestre são tão mais graves quanto é sabido que, em regra, por efeito do emprego sazonal criado durante o período do Verão, os números do desemprego tendem a diminuir face ao segundo trimestre.
Para o PCP o Orçamento de Estado agora aprovado pelo PS que, inacreditavelmente, estima uma taxa média anual de desemprego para o presente ano de 7,8%, significará a manutenção de uma política de restrição do investimento, de desprotecção social – nomeadamente no que se refere ao subsídio de desemprego num quadro em que se alargam as necessidades de apoio e protecção aos desempregados – e incapaz de constituir a alavanca necessária ao crescimento económico no nosso país.
O PCP reafirma a necessidade de uma ruptura com a actual política de direita do Governo PS que promova o crescimento económico, o emprego com direitos e o papel do Estado no cumprimento das suas funções sociais.
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