Numa reunião com a Comissão de Utentes do IP8, na Junta de Freguesia de Santa Maria, em Serpa, fui informada do descontentamento da população com os sucessivos adiamentos do início da construção do IP8, entre Sines e a fronteira com Espanha (Vila Verde de Ficalho), para o qual já existe um estudo de impacto ambiental.

A agravar o descontentamento estão também as recentes declarações do Governo português referindo que o início da obra será em 2008, mas apenas entre Sines e Beja terá as quatro faixas de rodagem.

Ora, a Comissão de Utentes considera esta amputação inadmissível, dada a importância que tem esta nova via para ligar o interior do Alentejo a Espanha, em direcção ao centro da Europa, para garantir a segurança rodoviária e evitar que continuem a morrer pessoas na estrada actual.

Por outro lado, sabe-se que o porto de Sines, o aeroporto de Beja e o próprio empreendimento de fins múltiplos do Alqueva exigem que haja acessibilidades modernas, com ligação a Espanha e a outros países da Europa, o que não acontece actualmente, pelo que se impõe a construção desta acessibilidade, com quatro faixas de rodagem, entre Sines e Ficalho, e sem portagens.

Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe se está previsto algum financiamento comunitário para a construção do IP8, via estruturante para o Alentejo, e prevista há longos anos no Plano Rodoviário Nacional.

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