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Na sua
intervenção no Parlamento Europeu sobre a questão da imigração, Pedro Guerreiro
reafirmou a necessidade de uma ampla abordagem desta questão, dadas as
múltiplas vertentes que contempla, e reafirmou que se impõem: o fim das políticas securitárias e repressivas
que criminalizam os imigrantes, homens e mulheres que apenas aspiram a um
trabalho e a uma vida digna; o
encerramento dos centros de detenção de imigrantes e o fim da desumana política
de deportação; o combate aos
traficantes de seres humanos e aos que são coniventes com estes; o combate à
xenofobia e ao racismo e a todas as políticas e deturpações que os alimentam; a regularização dos trabalhadores imigrantes,
assegurando os seus direitos laborais e sociais, condição necessária para o fim
de inaceitáveis situações de sobre-exploração; uma efectiva política de
integração, que inclua, nomeadamente, o reagrupamento familiar; uma
política que inverta o actual acentuar da concentração da riqueza nuns poucos à
custa da exploração e da pobreza de milhões e milhões de seres humanos. O
deputado do PCP no PE chamou também a atenção para alguns dados das Nações
Unidas e sublinhou a necessidade de «uma
política que utilize os amplos recursos, meios e avanços cientifico-técnicos da
humanidade para a resolução efectiva dos problemas com que se confrontam os
povos do Mundo».
Numa intervenção de 2 minutos, sobre a importante questão da
imigração - que exigiria uma ampla abordagem dadas as múltiplas vertentes que
contempla - gostaria de reafirmar que:
- Impõe-se o fim
das políticas securitárias e repressivas que criminalizam os imigrantes, homens
e mulheres que apenas aspiram a um trabalho e a uma vida digna;
- Impõe-se o
encerramento dos centros de detenção de imigrantes e o fim da desumana política
de deportação;
- Impõe-se o
combate aos traficantes de seres humanos e aos que são coniventes com estes;
- Impõe-se
combate à xenofobia e ao racismo e a todas as políticas e deturpações que os
alimentam;
- Impõe-se a
regularização dos trabalhadores imigrantes, assegurando os seus direitos
laborais e sociais, condição necessária para o fim de inaceitáveis situações de
sobre-exploração;
- Impõe-se uma
efectiva política de integração, que inclua, nomeadamente, o reagrupamento
familiar;
- Impõe-se uma política que inverta o actual acentuar da
concentração da riqueza nuns poucos à custa da exploração e da pobreza de
milhões e milhões de seres humanos. Alguns dados das Nações Unidas: as 691
pessoas mais ricas do mundo possuem uma fortuna líquida equivalente a 2,2
biliões de dólares, ou seja, igual à riqueza combinada de 145 países mais
pobres. Posto de outra forma, as 500 pessoas mais ricas têm um rendimento
combinado maior que as 416 milhões de pessoas mais pobres. Os 8 milhões mais
ricos possuem uma fortuna líquida equivalente a 80% do PIB de todos os países
do mundo;
- Ou seja, impõe-se uma política que utilize os amplos
recursos, meios e avanços cientifico-técnicos da humanidade para a resolução
efectiva dos problemas com que se confrontam os povos do Mundo. Uma política
oposta ao neoliberalismo, ao militarismo e ao desrespeito da soberania dos
povos e dos Estados.
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