Partido Comunista Portugu�s
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Adopção por Chipre da moeda única em 1 de Janeiro de 2008 - Declaração de voto de Ilda Figueiredo no PE
Quarta, 20 Junho 2007
A nossa abstenção nesta votação justifica-se pelo respeito que temos pela decisão soberana de um Estado-membro de querer aderir à zona Euro. Mas é conhecida a nossa oposição à criação da União Económica e Monetária e à zona euro. O exemplo de Portugal demonstra bem como o Euro é um instrumento de promoção da moderação salarial e da flexibilidade laboral. Ao sustentar a convergência nominal e não a convergência real torna-se um elemento penalizador do crescimento, do emprego e das condições de vida, sempre ao serviço das grandes multinacionais europeias e dos grupos financeiros.

Por outro lado, saliente-se que a questão de acelerar o alargamento da zona Euro também se prende com critérios políticos, nomeadamente de reforço da integração política e da própria zona Euro. Com estes dois novos Estados-membros - Malta e Chipre - a zona Euro passa a contar com mais de metade dos Estados-membros da União Europeia. Esta é uma questão "simbólica" importante quando o descontentamento dos trabalhadores e das populações aumenta na zona Euro e quanto se está a discutir o futuro Tratado Constitucional. Daí que a maioria aceite a adesão, mesmo quando Malta não cumpre todos os critérios de convergência nominal. Como no passado, esta não é uma decisão "económica", mas política.