Temos demonstrado a nossa oposição à decisão de Prüm e suas medidas de implementação que impõem uma visão unilateral de recolha e troca de dados pessoais de forma automatizada (ADN, identificação dactiloscópica e dados de registo de veículos), o que significa uma transmissão em massa de dados. A pretexto do combate à criminalidade e ao “terrorismo”, a UE tem imposto a concentração de informação e competências nas instituições supranacionais (de que são exemplo Europol, Eurojust e Frontex), instituições que escapam ao escrutínio dos povos e que representam uma efectiva perda de soberania dos estados e das suas instituições. Defendemos a soberania das instituições e autoridades portuguesas operando à luz da legislação e da Constituição da República Portuguesa e a possibilidade de cooperação entre países e as suas autoridades, com troca de dados pessoais direcionada e baseada em suspeitas específicas, sob a alçada e controlo das autoridades judiciais, numa base do respeito mútuo. Defendemos e continuaremos a exigir a mobilização dos meios, financeiros, humanos, e a formação técnica necessária para a sua acção e desenvolvimento do seu trabalho. Por isso rejeitamos este acordo.