Há indiscutivelmente aspectos por esclarecer relativamente aos acordos celebrados entre a Comissão Europeia e a indústria tabaqueira. Como há também aspectos por esclarecer relativamente à própria matéria de fundo deste acordo: a contrafacção e o contrabando de tabaco.
As dinâmicas deste negócio ilícito e as suas interpenetrações com a parte lícita do negócio merecem aprofundamento e esclarecimento adicional.
Porque razão são as tabaqueiras – parte interessada – e não laboratórios independentes a identificar os produtos contrafeitos? É apenas uma das questões que carece de resposta.
Acompanhamos o questionamento aqui feito sobre os montantes e destino das verbas recebidas pelos Estados-Membros ao abrigo deste acordo.
Uma coisa é certa: é muito o que há por fazer no domínio do combate ao tabagismo.
Em Portugal, em quatro anos, o número de locais com consultas de cessação tabágica caiu quase para metade. Um exemplo elucidativo sobre quem ganha e quem perde com o actual estado de coisas.