Pergunta Escrita à Comissão Europeia no Parlamento Europeu

Adega Cooperativa do Redondo

Numa visita recente à Adega Cooperativa do Redondo, no Alentejo, pude constatar a importância desta organização para os agricultores, a produção e o emprego neste município alentejano. Com cerda de 250 associados, é um dos maiores empregados no município, com 56 trabalhadores, e produz e comercializa vinho de grande qualidade, de marcas bem conhecidas no país.
No entanto, devido aos elevados investimentos que realizou e aos empréstimos bancários a que teve de recorrer, está a ser confrontada com pagamentos de taxas de juros cada vez mais elevadas (o "spread bancário passou de 1% para 6%), o que dificulta o pagamento pronto aos agricultores após a entrega da sua produção e coloca problemas relativamente ao futuro.
Ora, num país, como Portugal, que está sujeito a medidas de "assistência financeira", não se pode compreender que não haja medidas especiais para apoiar estas organizações de produtores, designadamente através de linhas de crédito bonificado.
Por outro lado, este ano, devido a algumas moléstias, incluindo o míldio, que não é abrangido pelo seguro da produção, os agricultores tiveram perdas de produção da ordem dos 30%.

Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:

1. Que medidas podem ser tomadas para apoiar estes agricultores a braços com problemas que resultam, designadamente, da quebra da produção, do aumentos dos factores da produção, de impostos elevados e do atraso no pagamento da sua produção?

2. Que apoios podem ser disponibilizados à Adega Cooperativa do Redondo para usar crédito bonificado, visando baixar as taxas de juro e os respectivos encargos, para facilitar o pagamento com prontidão aos agricultores e defender o emprego que é essencial para uma região onde não há outras alternativas.

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