A natureza e as especificidades do meio marinho, a enorme diversidade de actividades que hoje nele se desenvolvem (tendencialmente crescente) e a necessidade de ordenar essas actividades, dirimindo potenciais conflitos, de forma social e ambientalmente sustentável, aconselham a definição de uma política marítima integrada, com esta finalidade.
Naturalmente, não serão indiferentes os objectivos, os princípios orientadores e os meios postos à disposição dessa política.
Temos sérias reservas e discordâncias relativamente à forma como vem sendo definida a Política Marítima Integrada da UE.
Com frequência, parte-se de uma visão federalista da PMI, desrespeitadora da soberania e das competências dos Estados-membros relativamente às suas águas territoriais e zonas económicas exclusivas, e ligando-a aos "objectivos da política externa da UE".
Ao contrário, uma política marítima baseada na cooperação entre Estados-Membros, respeitando a sua soberania e competências, promovendo sinergias, acrescentando mais valias e impulsionando a utilização sustentável e a conservação dos recursos marinhos, poderia indiscutivelmente ter impactos positivos.