Muito se pode dizer sobre a necessidade de desenvolver e fazer crescer o sector das Pequenas e Médias Empresas. Muito se pode dizer sobre o quanto as PME são determinantes para ajudar ao crescimento económico e à criação de emprego.
Diga-se o que se disser, o que é certo é que a aplicação das ditas medidas de austeridade conduz diariamente ao estrangulamento, asfixia e destruição de milhares de PME´s. Enquanto não se fizer uma ruptura e se inverter o caminho das políticas recessivas, será impossível promover o desenvolvimento económico e a criação de emprego - as declarações de intenção em compatibilizar austeridade e crescimento, que hoje perpassam o campo político desde a direita à social-democracia - não significam mais do que a criação de ilusões, do que uma tentativa de fuga para a frente, de tentar esconder, com palavras bonitas mas inócuas, as consequências dramáticas e objectivas das ditas políticas de austeridade.
O exemplo das medidas impostas pela Troika em Portugal são, precisamente, um bom exemplo desse drama social. Desde a implementação destas medidas, há um ano, que foram destruídos em Portugal 203,5 mil empregos, o que corresponde 558 empregos por dia. Muitos destes são desempregados de PME´s que encerraram por falência. Mas nem poderia ser de outro modo e tal é tão lógico que qualquer criança compreende - corte de salários e pensões e aumento de impostos indirectos leva a diminuição de consumo, logo, ao encerramento de PME´s. Mas é a mesma Comissão Europeia que determina, conjuntamente com o FMI e o BCE, essas medidas que afectam brutalmente a pquena e média economia portuguesa, que nos fala da necessidade de apoiar as PME´s. Sim, é importante apoiar a criação de PME´s, mas já agora, seria também lógico não aplicar medidas políticas que, estão, neste preciso