Numa visita recente à zona do ramal da Lousã e numa reunião com o Movimento de defesa do ramal da Lousã, em Miranda do Corvo, pude constatar a justa revolta da população atingida pelo recente desmantelamento deste ramal ferroviário, com o pretexto da sua transformação em metro urbano.
Agora, quando se afirma que, afinal, o chamado Metro do Mondego não vai avançar, os moradores das zonas abrangidas pelo ramal da Lousã, exigem, justamente, que os carris e a linha ferroviária sejam repostos, e que o comboio entre rapidamente em funcionamento para garantir o direito à mobilidade das populações, defender os interesses da região e o seu desenvolvimento integrado.
Assim, solicito à Comissão Europeia que me informe do seguinte:
1. Que programas podem ser utilizados para mobilizar meios financeiros para reconstruir o ramal da Lousã, tendo em conta a sua grande importância para a mobilidade destas populações de zonas de montanha, para reduzir os impactos negativos no ambiente do transporte rodoviário alternativo que estão a praticar e contribuir para uma maior eficiência energética?
2. Podem, desde já, ser mobilizados fundos comunitários para este projecto, tendo em conta a possibilidade de uma comparticipação nacional mais baixa, da ordem dos 5% do total do valor do projecto, dado que Portugal está numa situação de assistência financeira?