O nosso voto favorável à indicação do país de origem em determinados produtos importados de países terceiros prende-se com a necessidade de tornar mais claro o percurso pelo qual passam os produtos até entrarem nos países da UE. É necessário ir mais longe, tendo em conta que esta indicação, isolada, sem o acompanhamento de outras medidas, terá um impacto muito reduzido.
Mas é prioritária uma ruptura com as actuais orientações da OMC para permitir aos países darem prioridade ao desenvolvimento da sua produção e do seu mercado, com a fiscalização das mercadorias importadas, impondo critérios mínimos de qualidade e técnicos iguais aos que são exigidos às empresas dentro da UE, o combate ao dumping, a regulação eficaz dos mercados de capitais, penalizando as deslocalizações de empresas, tributando as transacções financeiras e pondo fim aos paraísos fiscais.
É necessário o estabelecimento de relações económicas mais equitativas e mais justas, ao serviço dos povos e dos países, apoiando o desenvolvimento e a cooperação assente na igualdade entre Estados e na construção de alianças e acordos com países de todos os continentes, para combater as profundas injustiças e desigualdades sociais, a fome, as doenças e a pobreza.