Senhor Presidente, Senhor Comissário, a proposta de Quadro Financeiro Plurianual é uma nuvem que ensombra o futuro dos povos.
Para as armas e a guerra, há aumentos orçamentais e drenagem de outros fundos, mas os cortes são impiedosos na coesão, na política social, no apoio à agricultura e às pescas, no ambiente e na ação climática.
Os planos nacionais e regionais não são de parceria, mas de chantagem sobre os Estados para que façam as políticas que a Comissão mandar.
Na amálgama de fundos em que se junta tudo para cortar a eito, os Estados terão de decidir entre a coesão ou a política social, entre o desenvolvimento rural e regional ou o apoio à agricultura e às pescas.
Sobre habitação, pobreza e outras questões urgentes para a vida das pessoas, nem um compromisso político!
Não há simplificação para que o acesso aos fundos seja mais fácil para as pequenas e médias empresas, agricultores e pescadores ou organizações sociais, mas os acionistas das multinacionais e dos grupos económicos e financeiros sossegam com o novo Fundo para a Competitividade e o financiamento dos seus negócios bilionários.
Os novos recursos próprios viram a pirâmide do desenvolvimento ao contrário e impõem contribuições mais pesadas aos países menos desenvolvidos.
Esta proposta prejudica Portugal, mas o problema é geral e as preocupações não deixam nenhum povo descansado. Esta proposta de QFP não serve os povos nem o seu futuro.







