Intervenção de Paulo Raimundo na Assembleia de República, Reunião Plenária

Aumento do Salário Mínimo Nacional para 1050€ já em Janeiro!

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Quando todos juram amor eterno ao aumento dos salários, o PCP mais uma vez proporciona a oportunidade para que a Assembleia da República decida o aumento do salário mínimo nacional para 1050 euros já em janeiro, estimulando, dessa forma o aumento geral dos salários e a valorização das carreiras e profissões de todos os trabalhadores.

Os dos - “salários sim, mas agora não” vão vir com a velha cassete: as empresas não aguentam, é preciso criar riqueza e depois distribuir, a produtividade tem de aumentar e outras do tipo...

A riqueza é criada todos os dias, o problema é que quem hoje a cria fica a cada dia com uma parte cada vez mais pequena, e quem dela se apropria a concentra cada vez mais.

E é isso que explica o contraste entre a vida apertada de quem trabalha e um custo de vida que não pára de aumentar e os fabulosos lucros dos grupos económicos e das multinacionais.  

E todos sabemos que a produtividade aumenta e aumenta mais do que os salários, o que significa que a diferença está a ir para algum lado e não é para os trabalhadores.

Sempre com os olhos postos nas benesses e redução de impostos para as grandes, os tais dos “salários sim, mas agora não”, enchem a boca com as dificuldades das pequenas empresas.

Nas pequenas e médias empresas, os problemas não são os salários, o que as aperta e de que maneira são os custos com a energia, telecomunicações, crédito e comissões bancárias, os seguros e as rendas.

Mas sobre isto, nada, até porque isso obrigava a beliscar os lucros das grandes empresas.

As pequenas e médias empresas precisam que, quem cá vive e trabalha, tenha melhores salários e que aumente o poder de compra.

E depois há a demagogia a roçar o insulto verbalizado pelo primeiro-ministro quando vem afirmar que o salário mínimo deve subir para os 1600 euros.

Já sabíamos que iria haver manobras às portas da greve geral, mas isto é mesmo desespero e gozar com quem trabalha.

O aumento dos salários é um imperativo, o aumento do salário mínimo nacional é uma emergência nacional. 

É esta responsabilidade que está colocada a cada um, ou se está a favor de quem trabalha e nos aproximamos de Espanha onde o salário mínimo é já hoje de 1184 euros, ou se fica nas mãos da minoria.

Quem ficar nas mãos da minoria também será amanhã chumbado pela greve geral.

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