O PCP saúda a CGTP-IN e o Movimento Sindical Unitário, todos os trabalhadores, protagonistas e construtores da histórica Greve Geral de 11 de Dezembro.
Uma poderosa demonstração de força e unidade dos trabalhadores, uma clara rejeição do Pacote Laboral e dos seus conteúdos concretos.
Uma expressiva resposta com um apoio generalizado aos objectivos da greve, quer pelos trabalhadores que aderiram, quer pelos que, por esta ou aquela razão, não tiveram condições de a fazer mas com ela se mostraram solidários.
A Greve Geral contou com o envolvimento, adesão e mobilização dos trabalhadores, muitos deles que pela primeira vez o fizeram, com vínculos efectivos e vínculos precários, de trabalhadores imigrantes, com a participação destacada da juventude e das mulheres. Uma greve com forte impacto na indústria, serviços, transportes, cultura, no sector privado e no sector público.
A Greve Geral afirmou a força de quem trabalha, constituiu uma marca na vida nacional e impôs novos elementos no quadro político e social.
A força e unidade dos trabalhadores rejeitou de forma clara e evidente o pacote laboral do capital e ao qual PSD, CDS, Chega e IL deram e dão voz.
Bem podem recorrer ao ridículo para tentar diminuir o seu impacto, podem entrar em negação ou dar agora cambalhotas, que, por muito que lhes custe e custa, o pacote laboral foi definitivamente rejeitado em cada empresa, em cada praça de greve, em cada concentração e manifestação que envolveram milhares de trabalhadores e amplas camadas da população e da juventude.
Perante a dimensão da rejeição do pacote laboral e por maiores que sejam as manobras em curso, para manter e garantir ainda mais precariedade e os despedimentos, mais ataques aos horários de trabalho e salários, o único caminho possível é a sua retirada.
São muitos os compromissos assumidos pelo Governo com os grupos económicos e as multinacionais.
Estamos perante um Governo apressado em tentar aproveitar o quadro, desde logo institucional, para impor uma política desastrosa que conta ora com o apoio do PS, como se viu no Orçamento do Estado, ora com o apoio do Chega no pacote laboral, entre outras medidas.
Uns e outros vão-se articulando enquanto os trabalhadores, o povo e a juventude vão enfrentando o desmantelamento do Serviço Nacional de Saúde, o ataque à Segurança Social e à escola pública, a negação do direito à habitação.
Uns e outros vão-se articulando para fazer avançar uma política que não só não resolve os problemas do acesso à habitação como os agrava, uma política onde tudo é negócio e tudo é negociável, uma política de crimes económicos com as negociatas e as privatizações, uma política de injustiça e desigualdade assente nos baixos salários, aumento do custo de vida, aperto na vida da maioria ao mesmo tempo que avança com mais benesses aos grandes grupos económicos, com mais uma descida dos impostos sobre os seus lucros astronómicos, uma política anti-social e contra os trabalhadores, o povo e a juventude que se expressa em todas as frentes seja nos objectivos do pacote laboral, seja no assalto, em preparação, à Segurança Social.
A poderosa expressão da Greve Geral contribui para o isolamento deste caminho em curso e abre a perspectiva de ampliação da frente social de luta para o derrotar.
A força imensa que se libertou no quadro da Greve Geral constitui uma onda não só de resistência mas também de esperança e construção da alternativa que se impõe. A alternativa assente na valorização dos salários e nos direitos dos trabalhadores, na defesa dos serviços públicos e da produção nacional, no aproveitamento das potencialidades do País, no desenvolvimento e soberania nacional. A alternativa assente nos direitos consagrados na Constituição da República.
O País, os trabalhadores, a juventude, os que trabalharam uma vida inteira precisam que cada um dos seus direitos inscritos na Constituição sejam realmente consagrados nas suas vidas.
Precisam de alguém que, no cargo de Presidente da República, seja a sua voz, alguém em quem confiam e que seja a expressão dos seus anseios e interesses.
Precisam de alguém que de forma clara e inequívoca perante a vida difícil da maioria e os lucros e os interesses dos grupos económicos e das multinacionais, opte, tal como a Constituição o faz, pelos trabalhadores, pelo povo e a juventude, pela maioria.
Precisam de alguém que de forma inequívoca perante os caminhos da guerra e do militarismo, opte sem hesitações, tal como o faz a Constituição, pela cooperação e pela Paz.
Precisam de alguém que, perante o caminho liberal, anti-democrático, de difusão de concepções reaccionárias, o ódio e da divisão que querem impor, opte pelo cumprimento dos direitos que a Constituição consagra.
Precisam de um Presidente comprometido com o povo, ao seu serviço e ao serviço de um Portugal independente e soberano.
António Filipe é o candidato que cumpre todos e cada um desses requisitos e é por isso mesmo que a sua candidatura vai somando apoios e se alarga a cada dia a mais gente. António Filipe é o candidato da esperança, dessa esperança aberta por Abril e que alguns tentam abafar.
Cada voto em António Filipe é um voto contra o caminho desastroso que o País está a percorrer. É um voto pela mudança que o País precisa.
O PCP apela a todos que não se deixem condicionar pelos diversos expedientes que, como sempre, aí estão como instrumentos de pressão, e assumam nas suas mãos a candidatura de António Filipe.
O PCP saúda e apela à intensificação da luta dos trabalhadores, das populações e dos jovens, reafirma a sua inabalável confiança na sua força, e capacidade transformadora.
Uma luta e um caminho de esperança pela vida melhor que conta sempre com o apoio, envolvimento e mobilização do PCP, um compromisso que se vai intensificar, desde logo com a acção que estamos a levar por diante nas empresas e locais de trabalho, sob o lema: “Outro rumo para o País. Rejeitar o pacote laboral, a exploração e as injustiças”
Num tempo marcado por perigos, mas também por potencialidades, o PCP reafirma o seu compromisso de sempre para com os trabalhadores, o povo e a juventude, prosseguir a luta para derrotar a política de direita, derrotar o pacote laboral e abrir caminho ao reforço do SNS, à garantia do acesso à habitação, à rede pública de creches, ao aumento dos salários, reformas e pensões, à alternativa patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril.






