Têm-se multiplicado as promessas de aumento da eficiência energética, mas a União Europeia corre o risco de não cumprir as metas que se propôs: atingir 20% em 2020. Últimos dados apontam para uma média real de apenas 9%, apesar do contributo que o aumento da eficiência energética pode dar para a redução das emissões, redução do consumo e da dependência energética.
O relatório contém um extenso conjunto de aspectos que abrangem convenientemente todo o vasto campo da eficiência energética, embora apontando caminhos que dificilmente levarão a bom porto os objectivos que pretende atingir.
Mas há aspectos de que discordamos, como a associação que se pretende fazer da eficiência energética com a denominada estratégia “Europa 2020”, a qual prevê a conclusão do mercado interno da energia, a promoção dos instrumentos de mercado, o Sistema Europeu de Comércio de Emissões (camuflando parte dos lucros na eficiência energética), e esquecendo a necessidade da defesa de um forte sector público energético que cada Estado deve promover.
Concordando com a necessidade de existirem fundos comunitários para a concretização dos objectivos, restam-nos algumas dúvidas quanto à "possibilidade prática de utilizar até 15% do FEDER" ou usar o FEADER para a eficiência energética, uma vez que deverão ser os Estados-membros a definir as suas necessidades e prioridades para a distribuição destes fundos.