Concordamos com a necessidade de planificação e organização do espectro radioeléctrico baseada na cooperação necessária entre os Estados-membros, enquanto um bem público, questão importante no melhoramento dos serviços, em particular dos serviços públicos.
Não concordamos com a imposição de orientações por parte da Comissão no sentido de tornar o espectro radioeléctrico numa alavanca de"objectivos e acções-chave delineados na Estratégia UE2020 e na Agenda Digital e que figura entre as 50 acções prioritárias do Acto para o Mercado Único". Sabemos que estas estratégias são políticas da UE que têm contribuído para a actual situação de crise sistémica do capitalismo.
Apesar de referir que "o espectro radioeléctrico representa um recurso público crucial para vários sectores e serviços essenciais" coloca-o no caminho da "viabilização do comércio de direitos espectrais" e convida a Comissão a adoptar medidas "para assegurar que os Estados-membros autorizam, dentro da União Europeia, o comércio de direitos de utilização do espectro". Ainda não conhecemos essas propostas, mas, desde já, não votámos favoravelmente o relatório.