Este relatório continha e contém ainda aspectos positivos, que valorizamos. Alguns deles resultam de propostas feitas pelo nosso grupo na comissão das pescas, como sejam:a rejeição da privatização dos recursos pesqueiros; a consideração mais ampla dos objectivos de uma política de pescas, incluindo as vertentes social e económica; o aumento do co-financiamento comunitário para a aquisição de dados sobre o estado dos recursos. Lamentavelmente, outras propostas foram enfraquecidas ou mesmo retiradas nesta votação em plenário. É o caso dos apoios à renovação e modernização das frotas de pesca.
Quanto às Concessões de Pesca Transferíveis, o relatório rejeita a sua obrigatoriedade, conforme proposto pela Comissão.
O relatório fica muito aquém do que seria necessário na crítica a uma PCP centralizada, que tem prevalecido nas últimas duas décadas; assim como na valorização de uma gestão de proximidade - que vá além das (inconsequentes) propostas de “regionalização” feitas pela Comissão e do maior envolvimento dos CCRs. Lamentavelmente, não foram acolhidas as nossas propostas neste domínio, como a do alargamento da área de reserva de acesso exclusivo às frotas dos Estados-Membros.
São falhas e contradições que justificaram a nossa abstenção.