Defende este relatório que se formatem consciências, distorcendo a realidade e pintando, com as mais vivas cores, os pretensos valores do projecto de integração capitalista que é a União Europeia, condição inevitável para alterar a percepção “errada” da maioria dos cidadãos sobre a UE.
De que forma? Aprofundando na UE a harmonização dos programas de ensino, enviesados e de pensamento único, promovendo o beneplácito das políticas neoliberais que se impõem aos EM. Desenvolvendo politicas assentes numa lógica de privatização e subfinanciamento do ensino, numa insuficiente rede pré-escolar, na centralização de escolas e na apologia de uma escola e um ensino ao serviço dos interesses do mercado. Impedindo a formação integral do indivíduo para potenciar a sua criatividade e a elevação da consciência individual e colectiva.
As dinâmicas de transformação progressista das sociedades passaram sempre pela afirmação do Estado laico, na escola. As que hoje se exigem, passarão, na escola, pela necessária afirmação da soberania dos Estados e dos Povos de decidirem do seu próprio rumo e projecto de desenvolvimento nacional, livre do espartilho das políticas de empobrecimento e de austeridade que a UE tem imposto.
Votámos contra.