Comunicado do Gabinete de Imprensa dos Deputados do PCP no PE

A Comissão Europeia merece censura!

A Comissão Europeia merece censura!

A Comissão Europeia merece censura!

Pela sua cumplicidade com o genocídio na Palestina!

Pelos grandes interesses económicos que a sua política serve!

Pela escalada armamentista que promove!

A situação na União Europeia assume uma particular gravidade, em consequência da insistência na sua política ao serviço dos interesses dos grupos económicos e financeiros e das grandes potências e de promoção da confrontação e da guerra no plano internacional, à custa dos direitos e das condições de vida dos trabalhadores e dos povos, da paz e da cooperação.

É particularmente chocante e inaceitável a cumplicidade da União Europeia, e nomeadamente da Comissão Europeia, com o genocídio do povo palestiniano e a criminosa política de ocupação e agressão impunemente levada a cabo por Israel na Palestina e no Médio Oriente, revelando uma profunda hipocrisia na ausência de qualquer acção para que Israel ponha termo aos massacres, ao cruel bloqueio à Faixa de Gaza, à ocupação ilegal de territórios palestinianos, à violação do direito internacional.

Não faltam válidas razões para censurar a Comissão Europeia – uma censura que a realidade impõe.

Nomeadamente, pela sua política de ataque a direitos sociais e laborais, de pressão sobre os salários e pensões, de ataque aos serviços públicos, de saúde, de educação, de segurança social; pela sua política de promoção de processos de liberalização e de privatização; pelo seu comprometimento com políticas responsáveis pelo agravamento dos custos da habitação e, em geral, pelo aumento do custo de vida.

Ou ainda, pela sua política de fomento da escalada armamentista e do aumento das despesas militares, submetendo-se aos ditames dos EUA e da NATO. Política que constitui uma acrescida ameaça à paz e à segurança e que desvia para o militarismo e a guerra milhares de milhões de euros que são necessários à resolução dos problemas e melhoria das condições de vida dos trabalhadores e dos povos.

Uma Comissão Europeia que convive bem com a extrema-direita, seja no âmbito da União Europeia e ou no plano internacional, com a qual partilha as políticas neoliberais, militaristas, de retrocesso de direitos e liberdades – veja-se, entre outros, o exemplo do Governo de Meloni, em Itália.

As razões da nossa censura à Comissão Europeia distinguem-se claramente e não podem ser, por isso, confundidas com as de sectores da extrema-direita que, partilhando no fundamental as políticas neoliberais, militaristas, de retrocesso de direitos e liberdades da União Europeia, e que a Comissão Europeia promove, dela demagógica e oportunisticamente fingem distanciar-se.

A circunstância de que esta votação seja protagonizada – desde o voto a favor ao não voto – por alguns daqueles que convergem com as opções políticas fundamentais que esta Comissão Europeia protagoniza, não apaga, assim, o conjunto inequívoco de razões que suscita a censura à Comissão Europeia – censura que a realidade impõe.

A censura à Comissão Europeia significa a rejeição do seu programa e objectivos políticos, que igualmente expressámos no voto contra a sua eleição em Novembro de 2024.

Os povos precisam de melhores salários e pensões, de acesso à saúde, à educação, à protecção social, à habitação, de resposta aos problemas ambientais, de economias orientadas para a melhoria das suas condições de vida, de paz e cooperação.

Afirmando as políticas que servem os direitos, interesses e aspirações dos trabalhadores e dos povos, não abdicamos de todas as oportunidades para expressar a rejeição das políticas da União Europeia, e que a Comissão Europeia promove, nem prescindimos, como até aqui de afirmar o caminho alternativo que urge ao povo português, numa Europa, de paz, cooperação e progresso social.

 

 

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