Fala de guerra à burocracia, mas o programa e a política do Governo o que declara é guerra aos trabalhadores e aos direitos.
Recorre ao estafado argumento da modernização e da digitalização para esconder a verdadeira opção: moldar o Estado, não para melhorar os serviços públicos às populações, mas para colocar ao serviço dos interesses das multinacionais e dos especuladores.
Querem
- Eliminar a decisão das entidades públicos sobre os processos,
- Fundir, extinguir, reduzir estruturas da administração pública,
- Transformar os direitos à saúde, à educação, à habitação num negócio,
- Privatizar as empresas e setores estratégicos que faltam.
Os grupos económicos determinam e o Governo obedece.
Assuma aqui que serviços quer fundir e extinguir, onde quer reduzir despesa, quais as empresas, para além da TAP e da Silopor que quer privatizar?
As consequências destas opções são evidentes: a perda de capacidade do Estado, a destruição de serviços públicos, o ataque aos direitos dos trabalhadores e a sua desvalorização remuneratória e profissional, o abandono das populações.
O governo recupera a velha ambição da direita de reconfigurar o Estado, à medida dos grupos económicos, em confronto com os interesses e as necessidades das populações e do País, quando o que se exige é o reforço dos serviços públicos, mais próximos das populações, inclusivamente a reabertura de serviços públicos encerrados, a garantia dos direitos, a contratação dos trabalhadores em falta e a sua valorização nas carreiras, nos salários, nas progressões e nas condições de trabalho.