Senhora Presidente, Senhor Comissário Serafin, a discussão do próximo quadro financeiro plurianual continua a cheirar mais a pólvora do que a casas novas prontas a habitar. Os povos precisam de um QFP orientado para a paz e a cooperação que dê resposta a problemas como a crise da habitação, que dê prioridade à coesão económica, social e territorial e a objetivos como os do pleno emprego, da elevação das condições de vida dos trabalhadores, da erradicação da pobreza, do acesso democrático à saúde e à educação, da promoção do equilíbrio ecológico.
Não precisamos de um QFP comandado pela Comissão Europeia para impor as suas políticas aos Estados, muito menos para favorecer os grandes interesses económicos e financeiros e as multinacionais, em prejuízo dos povos, das pequenas e médias empresas, do desenvolvimento e da justiça social.
Precisamos de um QFP que compense os países prejudicados pelas políticas comuns e dê apoio aos Estados‑Membros em políticas nacionais que aproveitem e desenvolvam os recursos e capacidades produtivas nacionais. Precisamos de um QFP que assuma o objetivo de eliminar as assimetrias de desenvolvimento entre países em termos económicos, sociais, científicos e tecnológicos.
Precisamos de um QFP de mais progresso e de menos pólvora.