Senhor Presidente, Senhor Comissário Kubilius,
Sacrificar a resposta aos problemas sociais para subsidiar a produção de armas é a grande mensagem deste programa da indústria de defesa europeia.
E as opções da União Europeia são claras.
Gastar dinheiro a fabricar armas, mas não a construir casas.
Quando se fala de Garantia para a Infância, fecham-se as portas do orçamento. Mas, se o tema for a corrida às armas e a militarização da União Europeia, aparecem 1 500 milhões de EUR para gastar até 2027, e pelo menos 131 mil milhões de EUR do Fundo para a Competitividade no próximo orçamento plurianual. E até verbas do Fundo Social Europeu ou do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional podem ser desviadas.
Em vez de produzir o que falta às pessoas para melhorar a sua vida, a opção da União Europeia é pôr a indústria e as fábricas europeias a produzir aquilo que vai destruir vidas.
Benefícios fiscais, apoios públicos, financiamento europeu — tudo serve para drenar recursos públicos para o negócio bilionário das armas, da morte e da destruição.
Abre-se a porta à corrupção e ao tráfico de influências, com uma política opaca de ligação entre o poder político e os grupos económicos do armamento.
A militarização da União Europeia é uma política sem futuro e que compromete e ameaça o futuro das novas gerações.







