Economia e Aparelho Produtivo

«Os fundos comunitários são canalizados para o agro-negócio»

No debate da interpelação agendada pelo PCP centrado nas condições para o desenvolvimento da produção nacional, António Filipe afirmou na sua intervenção que "tempos houve em que a nossa soberania alimentar foi posta em causa com o apoio à não produção, pagando aos agricultores para não produzir e o que assistimos hoje é que os apoios são canalizados para o agro-negócio independentemente da necessidade de produzir e promover claramente a expansão capitalista da agricultura".

«A solução para o país passa por uma aposta forte na agricultura familiar, na pequena e média agricultura»

No debate da interpelação agendada pelo PCP centrado nas condições para o desenvolvimento da produção nacional, João Ramos questionando o Ministro da Agricultura afirmou na sua intervenção que "a solução para o país passa por uma aposta forte na agricultura familiar, na pequena e média agricultura, vocacionadas para a ocupação do território, para a produção de proximidade e de qualidade, para a criação de emprego. Quantos mais agricultores houver, menos concentrada será a riqueza produzida. Mais garantia há de uma agricultura vocacionada para a satisfação das necessidades do país".

«Se Portugal não captura o pescado que consume, alguém o faz por si»

No debate da interpelação agendada pelo PCP centrado nas condições para o desenvolvimento da produção nacional, João Ramos questionando a Ministra do Mar afirmou na sua intervenção que "o país já pescou mais de 60% daquilo que consumia, mas hoje não chegará aos 40%. Se Portugal não captura o pescado que consume, alguém o faz por si. A União Europeia representou um forte retrocesso na política de pescas para o nosso país. O país virado para o mar; o país de pescadores; o terceiro maior consumidor de pescado do mundo; um dos países com uma maior área económica exclusiva e em vias de ser aumentada; é hoje pouca mais que insignificante em matéria de pesca".

«A política energética está hoje completamente subordinada aos interesses dos grupos monopolistas»

No debate da interpelação agendada pelo PCP centrado nas condições para o desenvolvimento da produção nacional, Paulo Sá afirmou na sua intervenção que "a política energética em Portugal está hoje completamente subordinada aos interesses dos grupos monopolistas e isso é o resultado de erradas opções, no passado, de privatização das grandes empresas energéticas, como a EDP, a REN, a Galp ou a Transgás, da liberalização dos mercados energéticos e do desmantelamento do sistema de planeamento e controlo público do sistema energético nacional".

«Temos experiência, conhecimento e capacidade para desenvolver a indústria transformadora»

No debate da interpelação agendada pelo PCP centrado nas condições para o desenvolvimento da produção nacional, Paula Santos afirmou na sua intervenção que "temos potencialidades para o crescimento de novas indústrias com maior incorporação tecnológica, como as biotecnologias, as farmacêuticas, as tecnologias de informação e comunicação, a área da produção energética e de novos materiais, aeronáutica e aeroespacial e na área do ambiente".

«Portugal precisa de promover a produção e a produtividade, o crescimento, o emprego»

No debate da interpelação agendada pelo PCP centrado nas condições para o desenvolvimento da produção nacional, Bruno Dias afirmou na sua intervenção que "Portugal precisa de promover a produção e a produtividade, o crescimento, o emprego; e precisa de afirmar o seu projecto soberano de desenvolvimento – o que exige a libertação dos constrangimentos externos, e nomeadamente do euro. O quadro fundamental desta moeda em que o País está submetido é um quadro que facilita as importações e que dificulta a substituição de importações por produção nacional".

«Um País que não produza está sujeito à dependência, à desvalorização e ao definhamento»

Na abertura da interpelação agendada pelo PCP centrado nas condições para o desenvolvimento da produção nacional, Francisco Lopes afirmou que "um País que não produza está sujeito á dependência, à desvalorização e ao definhamento. A resposta às necessidades nacionais tem que ser assegurada pelo próprio País, não se isolando, relacionando-se com os outros, mas tendo uma sólida capacidade de produção e sustentação."

Procedimento por Défice Excessivo - «Estamos a sair de onde nunca deveríamos ter entrado»

Sr. Presidente,
Sr. Primeiro-Ministro,

Quem, como nós, se bateu, tantas vezes quase sozinho, contra uma posição intolerável e arbitrária como a do procedimento por défice excessivo que foi imposto ao País pela União Europeia e se bate, e continua a bater-se, para que o País se liberte dos constrangimentos a que o submetem não pode deixar de assinalar qualquer passo dado nessa direção como uma necessidade.

Temos agora uma disputa sobre quem deve colher os louros, tal como assistimos, nestes últimos dias, em relação ao facto de o País ter crescido 2,8% no primeiro trimestre do ano.

"Não é possível valorizar o turismo sem valorizar os direitos dos trabalhadores"

Sr. Presidente,
Srs. Deputados,
Sr.ª Secretária de Estado do Turismo,

Queríamos abordar uma dimensão que ainda não esteve hoje em discussão mas que é incontornável e que diz respeito à outra face da moeda do turismo: as condições de trabalho dos trabalhadores do setor.

Pesem embora os resultados francamente positivos que o turismo tem apresentado, não é possível valorizar o turismo sem valorizar os direitos dos trabalhadores.

A verdade é que os trabalhadores do setor têm sentido pouco, para não dizer quase nada, os efeitos e os impactos do turismo.