Começo por destacar o papel das mulheres na defesa da Paz, exigindo o fim de uma guerra que não devia ter começado, através de uma solução política do conflito com o objectivo de um cessar-fogo imediato, que a escalada de confrontação não propicia.

O governo da República Portuguesa remeteu à Comissão Europeia, no início de março de 2022, a sua proposta de Acordo de Parceria relativa à utilização dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, que se enquadram no Portugal 2030.

Segundo o ponto de situação do Portugal 2020 de janeiro de 2022, a taxa de realização do programa no período 2013-2020 situa-se nos 62%, significando que do orçamento total dos fundos aprovados para o país, 38% das verbas, cerca de 11,6 mil milhões de Euros, ainda não foi utilizado.
O desperdício de fundos, num país cujo investimento público é pouco mais da metade da média da UE, não deve remeter apenas para a maior ou menor capacidade dos governos, mas para a profunda desadequação da arquitetura da política de coesão europeia.

Gostaria de recordar que há cerca de 20 anos foi iniciado um processo semelhante a este que agora termina (até no nome), a chamada Convenção sobre o Futuro da Europa (2001).
Esse processo acabou por resultar numa dita Constituição Europeia, que consagrava as políticas de cariz neoliberal, federalista e militarista da União Europeia e que foi rejeitada em referendos.

E o que fez a UE?
Impôs o Tratado de Lisboa contra a vontade dos povos.
Recuperam agora uma nova Convenção para, uma vez mais, insistirem num maior aprofundamento das suas políticas, que, na verdade, estão na origem: